RACISMO A PANDEMIA SILENCIOSA E SEM VACINAS
Ainda nesse século, escrever ou debater acerca do racismo parece-nos de fato, quase que chover no molhado.
O tema da mídia mais pretensiosa, os assuntos que rondam atualidades, as conotações perceptíveis e relevantes entre minorias e que sim, sim, impactam na mídia. Esses assuntos dão Ibope.
O que é sério nisso, é que racismo segue muito mais além desses devaneios! O tema seja em relação à etnia, a raça, a cor, ao nível social, a crença que hoje é tratada, principalmente no Brasil como estrada de acesso político tanto a pessoas sérias como aos devassos para desses locupletarem-se em votos…!
Temos o caso de Vinicius Junior, nosso craque do futebol nascido em 12 de julho de 2000, em São Gonçalo, (da cidade maravilhosa) município do Rio de Janeiro, moleque de temperamento calmo, o Vini que veio de uma família muito humilde e que precisou do apoio do tio, de muitas outras pessoas, com ajuda de custos para o início da carreira, e pelo Flamengo desde a infância assim se manteve durante a sua formação como atleta, um milionário, bem sucedido, que pode se defender, que é referência mundial.
O Vini que hoje milionário é apenas um dos mais especiais exemplos de racismo e xenofobia por uma torcida também abastada e que em razão de sua raça o lança na exaustão da ridicularização pública! Francamente, vivemos em dias tenebrosos à voltas ao passado cruel.
Na posição de Vini hoje, apenas (se é que assim pode se dizer) “foco de luz nas trevas” da hipocrisia mundial de que todos nós somos iguais e humanos, observadas as atitudes pessoais e de blocos acerca do racismo.
Em relação ao Vini, nesse caso em tela, parece-nos uma opção de onde quer ou não jogar. Para seus pais, para ele próprio quando fora dos campos, seus familiares, amigos e especialmente… digo: Especialmente, a todos os Humanos “normais”, (hoje também discutível o tal “normal”) a discriminação e o racismo, além de massacrar e aviltar os vitimados, sempre trazem dores profundas, as vezes incuráveis.
Elas doem como doença, e dor de doença só que está doente sente, os demais velam. A graça (se é que se pode ver alguma) é que em sendo no futebol, a paixão não apenas aos brasileiros, no Brasil é a paixão nacional, o que dizer das torcidas travestidas de cidadãos, de “gente” gentinha que com manifestações racistas, homofóbicas mais parecem bichos irracionais.
Nesse aspecto, sobre bichos e irracionais, muito cuidado podemos ter alguma espécie de censura, exceto manifestada a expressão em relação as mais repugnantes propagações racistas, já quase que comuns… se é mesmo que o esporte é de fato é paixão mundial.
Diante das atuais ocorrências, Que diremos? Cada um de nós devemos devotar aguerridamente em um só pensamento, mas não somente no pensamento, na luta contra toda e qualquer manifestação racista, homofóbica, autoritárias ou não!
Somos apenas irmãos. Irmãos de vida curta, vida esta bem passageira e cuja resistência quanto ao outro nos cobrará seriamente um preço que talvez, aos racistas, estes não poderão pagar.
Nesse sentido não se trata tão somente da existência de legislação a respeito! trata-se de Cristianismo, de Humanidade. Atos de racismo envergonham sempre! No Brasil e no mundo.
Milhares de pessoas vítimas de racismo morrem, sofrem e são colocadas à margem, sem motivos, sem razão, tão somente por existirem e serem quem são, tipo eu e você!
Assim, simples desse jeito! Somos responsáveis de alguma forma? Podemos fazer mais!
Dr. Samir Toledo, professor universitário, advogado
